sexta-feira, 18 de julho de 2008

A imagem e a pressão

A mania de perder peso para entrar na moda está levando muitas pessoas ao desequilíbrio e a contrair doenças graves que podem ser fatais. A revolução nos conceitos estéticos e comportamentais, que elevou a magreza esquálida ao ideal de beleza feminina, engendrou uma nova ordem , retirando de moças normais a coroa da beleza para passá-la a mulheres-graveto que agora enchem as páginas de jornais. O resultado de tudo isso foi a verdadeira paranóia que a sociedade desenvolveu, hoje disseminada pelo mundo inteiro, mobilizando uma legião não só de mulheres, mas também muitos homens dispostos a tudo para obter um corpo esquálido, em detrimento dos valores do espírito, da saúde, da própria vida. Só se sabe que é grande o arsenal de dietas miraculosas, produtos dietéticos, spas e cirurgias que podem conduzi-las à magreza desejada tanto quanto à bulimia, anorexia e outros males da modernidade. Diante dessa pressão social geradora de distúrbios nas cabeças frívolas que se submetem a tais rigores, é triste constatar que a doença avança assustadoramente, já se sabendo que muitos dos que povoam as academias, na busca do ideal de magreza, são capazes até de comer besouros e outros bichos para manter o peso. Outros vivem desfalecendo à toa, enfraquecidos, de forma que não suportam qualquer esforço ou trabalho, por conta de regimes rigorosos que sugam a energia que o corpo necessita para se manter em equilíbrio. Precisamos entender que zelar pela silhueta e pela imagem é algo muito positivo, desde que não seja de forma exagerada, em prejuízo da saúde e do equilíbrio. O começo, muitas e muitas vezes, pode ser uma inocente dieta, e o fim, a morte. E aí, para que vida?

Vulgaridade

Se houvesse uma censura justa e equilibrada neste país, aquela música vulgar que faz sucesso nessa época junina seria retirada de circulação. Sabem de que estou falando? Daquela composição sobre uma bomba que explodiu e foi “puta para todo lado, depois juntaram os pedaços e fizeram uma nova mulher”. Gente, isto é um absurdo. Quanto preconceito e desumanidade contra essas pobres meninas que vendem o corpo, muitas vezes até porque não há outro tipo de trabalho neste país do desemprego, da corrupção e do descaso para com os jovens e as crianças. Fica aqui o meu repúdio a esse tipo de música!